sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Desentupindo nosso canal de comunicação com Krishna

Nos Ensinamentos da Rainha Kunti, Srila Prabhupada diz que ao visitarmos o Templo para termos darshan das Deidades devemos considerar nossa incapacidade de realmente Vê-Las em Sua plenitude, uma vez que nossos olhos - cobertos pelas "cataratas da ignorância" - não são capazes de acessar a verdadeira forma transcendental que está diante de nós. Portanto, melhor do que irmos ao Templo unicamente para vermos as Deidades seria nos aproximarmos Delas cientes de que seremos vistos por Elas, o que fará total diferença.
Isso me fez pensar que este mesmo conceito pode ser projetado em nossa prática diária da japa. Assim, ao invés de cantar os santos nomes no espírito de simplesmente nos dirigirmos a Krishna, de falarmos com Ele, podemos nos transformar em pedintes: "Ó Senhor, fale comigo! Se dirija misericordiosamente a mim e me agracie com Suas valiosas orientações!". Assim, quando a nossa japa se torna um encontro marcado entre nós e Ele, o momento em que praticamos se torna o mais especial e mais aguardado do dia! E o resultado disso é que o tempo se eleva da dimensão humana à dimensão divina, quando o nosso dia ganha uma qualidade completamente especial. Portanto, pelo menos no momento mágico da japa, esqueçamos o tempo!... Que besteira é esta de achar que podemos “possuí-lo”, “tomá-lo” ou “gastá-lo”? Você gostaria de se aproximar de alguém por algum motivo importante e perceber que esta pessoa está mais preocupada em c
onsultar o relógio do que em ouvi-la atentamente?

Durante o canto, somente uma boa qualidade de atitude mental  pode nos ajudar a entender se conseguimos realmente perceber a não-diferença entre Krishna e Seu santo nome.
O quanto acreditamos nisso? 
O quanto sentimos isso?
Estamos certos de que Ele está ali pessoalmente diante de nós?...
Tudo é uma questão de o quanto conseguimos desentupir o nosso canal de comunicação com Ele.

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